Eu vivo a arte
de um jeito lento,
belo,
de um jeito quase que tragicômico.
Eu vou à rua fotografar,
e me afogo na solidão da observação.
Vou ao teatro olhar ballet,
e me entristeço com a nostalgia de interpretar.
Eu vou à biblioteca trocar meu livro,
e me afobo escrevendo quase no ar.
Eu quero arte, quero ser arte, quero que cada célula minha respire arte.
Eu quero teatro, quero doces, quero cores e não ter senhores.
Eu quero fazer a arte pela arte. O belo para mim é tão belo que acaba sendo belo para os outros também.
Eu quero a prática, a busca dessa utopia inimaginável que é a eternidade na falsa perfeição.
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Santa Maria - RS |