quem suporta inverno,
sabe que passa junto com choro
passa também o olho enviesado que alguém
amistoso, mas hostil, contradito no
próprio jeito não
fica
junto com o fascismo
bate essa bota
bate outra bota
passará.
Páginas
terça-feira, 17 de dezembro de 2019
sábado, 19 de outubro de 2019
domingo, 6 de outubro de 2019
dura, dura, luta, gota e chuva
poesia do gato
escondeu
era pra estar na sacada
cadê o meu?
poesia da chuva
careceu
tanto mar, tanto mar
e aqui água desapareceu
poesia da greve
aconteceu
mas greve para funcionar
tem que ter gente e perdurar.
escondeu
era pra estar na sacada
cadê o meu?
poesia da chuva
careceu
tanto mar, tanto mar
e aqui água desapareceu
poesia da greve
aconteceu
mas greve para funcionar
tem que ter gente e perdurar.
terça-feira, 27 de agosto de 2019
sábado, 22 de junho de 2019
uma história em poucos atos
sentir quando o chão está seco
vivia a política como suspiro longo, indo para lá e para cá,
sentindo a dor do mundo de quem olha para a própria história, dos pares, e vê
desmoronar as possibilidades de justiça social.
em outubro de 2018, no brasil, um tremor iminente: elegia-se
um dos mais violentos representantes do executivo de toda a republiqueta.
e no meio da confusão: apaixonou-se.
domingo, 12 de maio de 2019
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019
mar morno nordeste
bradei diversos cantos
em espanhol-português-portunhol
mas só o sotaque
baiano fez do llanto,
que é qualquer coisa
triste ou menos feliz,
um viver por inteiro,
um existir resistir.
já que das ladeiras de Salvador
escorre o morno maçante
de um Brasil conservador
entregando-o para o mar
para não mais voltar
e entre as ruelas de cheirar,
crescer, colorir
um afro-brasil inteiro parir.
em espanhol-português-portunhol
mas só o sotaque
baiano fez do llanto,
que é qualquer coisa
triste ou menos feliz,
um viver por inteiro,
um existir resistir.
já que das ladeiras de Salvador
escorre o morno maçante
de um Brasil conservador
entregando-o para o mar
para não mais voltar
e entre as ruelas de cheirar,
crescer, colorir
um afro-brasil inteiro parir.
domingo, 6 de janeiro de 2019
poesia arriada
está lendo um relato
de um certo oriente
entre prosa, calor e poesia
a mente
viaja para o querer
palavra tão pudica de escrever.
as expressões mais necessárias
parecem não caber
se as deixa vir
o corpo treme e então
é poesia?
no vento quente que vem
de um ventilador empoeirado
um funk promíscuo
e descompostura
parecem encaixar mais
em tudo que sente
abaixo da cintura.
(ainda mais
nessa ilha
bananeira e tropical,
que agora
na republiqueta
tem mais vulgaridade
que qualquer "piroqueta").
florianópolis/jan19
de um certo oriente
entre prosa, calor e poesia
a mente
viaja para o querer
palavra tão pudica de escrever.
as expressões mais necessárias
parecem não caber
se as deixa vir
o corpo treme e então
é poesia?
no vento quente que vem
de um ventilador empoeirado
um funk promíscuo
e descompostura
parecem encaixar mais
em tudo que sente
abaixo da cintura.
(ainda mais
nessa ilha
bananeira e tropical,
que agora
na republiqueta
tem mais vulgaridade
que qualquer "piroqueta").
florianópolis/jan19
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