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domingo, 6 de maio de 2018

dia poesia

dia poesia
aquele em que escuto
o sussurrar
da minha voz
e adormeço

dia poesia:
olho o sol
há gente, há
a
mar
elo

dia poesia
em que o batuque
tomou conta
da rua
do canto provocador
latino
hispânico
das palmas do pescador


dia poesia,
sigo meu corpo e sinto
o forró que vem da gaita
no arante, mais ao sul,
entre cachaças e passos errantes

dia poesia,
me de(le)ito
com o passar do vento
no coqueiro.

Florianópolis, 2018
depois de um dia em Armação, Matadeiro e Pântano do Sul

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