rio abajo rio
por onde corro
lá fluo
a lua
e solto a mulher
do fim do mundo
resgato aquela
que leva dentro de si
e nos ossos
todo o saber
de como escorrer
pela vertente e até o fim
deste rio
num ciclo
arredio
de começo-fim-começo
rio abajo rio
permito ali meu (re)existir
teço meu próprio ser
o que quero deixar
morrer
o que quero semear,
cuidar e
alimentar
a loba
selvagem que quero
soltar.
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quarta-feira, 4 de julho de 2018
TECER O FLORIR
Basta uma folha em branco
para me escrever
terreno de semeadura
do sentir e viver.
Mas o viver só não basta
não cresce sem a paixão
essa energia e potência
à semear no mundão.
Cava, limpa
suja as mãos
espera, rega
sussurra e ri.
Numa vida cabe
esse tecer o florir.
Florianópolis, jul. 18
Após pensar sobre o conto dos sapatinho vermelhos, analisado no cap. 8 de "as mulheres que correm com os lobos" de Clarissa Estes.
para me escrever
terreno de semeadura
do sentir e viver.
Mas o viver só não basta
não cresce sem a paixão
essa energia e potência
à semear no mundão.
Cava, limpa
suja as mãos
espera, rega
sussurra e ri.
Numa vida cabe
esse tecer o florir.
Florianópolis, jul. 18
Após pensar sobre o conto dos sapatinho vermelhos, analisado no cap. 8 de "as mulheres que correm com os lobos" de Clarissa Estes.
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